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terça-feira, 9 de outubro de 2012

Noite Branca

Esse último final de semana em Paris foi o final de semana da Nuit Blanche - quando vários espaços (públicos ou privados) são invadidos por instalões e performances de arte contemporânea, além da presença dessas mesmas "manifestações" em locais abertos (como o alto de prédios e as margens do Sena). Já tinha lido sobre o evento algumas vezes, e nas últimas semanas os cartazes sobre ele se multiplicaram pelo meu caminho - no metrô, no ônibus, pelas ruas... Como o programa é meio "típico" e 0800, resolvemos desbravar a noite parisiense. Só não contávamos com a chuvinha chata que não deu trégua até quase meia-noite. 

Fomos à Maison de la Culture du Japon à Paris, onde vimos a instalação Tokyo by Night – Sleeping Beast, do artista plástico Motomichi Nakamura, com uma cidade moderna sendo habitada por monstrinhos fofos, como uma lesma gigante sendo atacada por um monstro gigante engatinhador - tudo usando só branco, vermelho e preto. Apesar de curtinha, a animação era uma graça!


Depois, no teatro nacional de Chaillot, a projeção de The Clock, de Christian Marclay, que montou um relógio cinematográfico que funcionou durante 24 horas (das 18h de sábado às 18 de domingo), criado a partir de incontáveis trechos de filme e séries, mostrando relógios ou projetando cenas de ação ou mesmo de diálogos tratando do passar do tempo. Confesso que não ficamos muito - estávamos atrás de outra mostra que teria ali perto, mas que aparentemente foi cancelada por causa da chuva.

Saímos do teatro no Trocadéro, atravessamos o Sena e fomos ao Musée du Quai Branly. Lá - como em vários outros lugares da cidade - o terraço estava excepcionalmente aberto. Com as luzes coloridas instaladas e uma vista da Torre Eiffel logo ali do lado, foi uma das coisas das quais mais gostei.


A Escola Nacional Superior de Belas Artes abrigou duas pequenas mostras. Ao chegar, o visitante era recebido pela exibição de filmes tratando sobre a aceleração do tempo e da vida no mundo quotidiano. Mais adiante, Urs Fischer colocou seus manequins de cera – verdadeiras velas em tamanho real, que se autoconsumiram a noite inteira.


De uma experiência de efemeridade a outra, fechamos a noite com o pátio dos Arquivos Nacionais, pertinho de casa, com a instalação Bubble Me, de Antoine e Nicolas. Lá, máquinas sopravam sem parar bolhas de sabão, que ficavam ainda mais feéricas graças ao jogo de luz instalado no jardim. Músicas completavam a experiência, e voltei para casa com bolhinhas de sabão e What a wonderful world na cabeça.

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