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segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Férias culturais (parte 2)


Acabou que a segunda parte das minhas férias foi inteiramente tomada pelos filmes (quem me conhece sabe que isso não chega a ser uma surpresa) e pelo Festival do Rio. Assisti alguns, soube de outros, mas escolhi falar desses três: Looper, The Cabin in the Woods e Moonrise Kingdom.

Looper, em cartaz nos cinemas da cidade, é mais um filme de viagem no tempo, mas o diretor Rian Johnson, que dirigiu Brick (ótimo filme policial noir dentro de uma High School), conseguiu executar o trabalho com bastante competência mais uma vez. É muito difícil um filme que fala de viagem no tempo não ter alguns furos em seu roteiro mas, mesmo assim, a história continua interessante e resulta num ótimo filme.

Em 2072, quando a máfia quer se livrar de alguém, o alvo é enviado 30 anos no passado onde um assassino (Looper) está experando para dar fim no trabalho e se livrar do corpo. As coisas se complicam quando Joe(Joseph Gordon- Levitt) excelente no papel, é designado para esse serviço e quem aparece é o seu eu 30 anos mais velho (Bruce Willis). O Joe 30 anos mais velho consegue fugir, resultando em uma série de problemas para o jovem Joe.

Looper é recheado de clichês, mas o filme conta com ótimas atuações, efeitos bem usados e quando Bruce Willis, vestido com uma roupa muita parecida com a que usou em Pulp Fiction, segue para resolver tudo com as próprias mãos, é impossível não dar aquele sorrisinho de canto de boca e pensar: “Yppie-Kay-Yay Motherfucker!” (Quem viu Duro de Matar sabe do que estou falando).



Em Moonrise Kongdom, logo no primeiro frame, percebemos que é um filme de Wes Anderson. Sua palheta de cores está lá e o modo como ele apresenta os personagens também, que conta, como sempre, com um casting estelar - dessa vez com a presença de Edward Norton, Frances Mcdormand, Bruce Willis, seu colaborador cativo Bill Murray e um ótimo elenco infanto-juvenil.
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Moonrise Kingdom conta a história de Sam e Suzy, interpretados pelos novatos Jared Gilman e Kara Hayward. O jovem casal é uma espécie de Anna Karina e Jean Paul Belmondo em Pierrot Le Fou e, assim como o famoso filme de Godard, a história de Wes se passa em 1965. Os personagens principais são fugitivos.

Numa ilha imaginária chamada New Penzance, Sam Shakusky é um órfão que está num acampamento de escoteiros de verão, chamado Ivanhoé. Suzy Bishop vive do outro lado da Ilha com seus pais advogados e seus três irmãos mais jovens, numa casa chamada Summer's End. Os meninos se conhecem previamente numa apresentação teatral na igreja local e eles continuam essa amizade através de cartas ao longo do ano. O grande plano dos dois é se reencontrar para fugirem juntos.

A deliciosa aventura consegue arrancar risos e até lágrimas dos mais sensíveis, tudo isso com uma estética bem autoral e jeito de contar uma história que só Wes Anderson consegue. Vale a ida ao cinema.


Agora, O Segredo da Cabine, ou The Cabin In The Woods talvez seja um dos roteiros mais criativos deste ano. Exibido nesse último Festival do Rio, e apesar do filme transitar pelos estereótipos de um filme de terror comum, o diretor e roteirsta Drew Goddard até então conhecido por participar da série Lost e de filmes como Cloverfield, conseguiu em seu primeiro filme algo que parecia impossível para os filmes do gênero: originalidade.

Quando comecei a ver o filme, não tinha expectativa alguma,mas, com o desenrolar da trama, a surpresa foi ficando cada vez melhor (o que rendeu outras sessões e, sim, já vi três vezes e poderia ver mais algumas).

O filme começa com cenas que parecem ser em algum laboratório e um grupo de cinco amigos se preparando para passar o final de semana na tal “cabine na floresta” que o primo de um dos personagens acabou de comprar. Os clichês do filme começam mais ou menos por aí,o grupo é composto do bonitão, a gostosa, o inteligente, a amiga puritana e o maconheiro. Até a chegada da tal casa, o mais óbvio vai acontecendo, tudo aquilo que você, fã de filmes de terror, está careca de ver, mas CITW toma rumos diferentes e seu final é simplesmente catártico. Não vale a pena contar mais da história e sim correr para assisti-lo quando entrar em cartaz.

CITW é super bem executado, inteligente,engraçado, mórbido, diversão da boa garantida.

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