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quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Um clássico instantâneo, de 1894

Já que o assunto é espada, esse post é basicamente a dica de um livro, meio desconhecido, mas que teve bastante sucesso na época de seu lançamento: The Prisoner of Zenda. Escrito por Anthony Hope, em 1894, o livro já rendeu uma série de adaptações para o cinema e foi, em sua própria época, uma espécie de clássico instantâneo.

Mais novo do que Os Três Mosqueteiros, Zenda compartilha com o livro de Dumas um protagonista adepto das armas de um verdadeiro cavalheiro: a espada e o charme. Zenda, porém, acabou caindo no esquecimento do tempo. Para mim, uma verdadeira injustiça com um livro do qual gostei até mais do que de Os Três Mosqueteiros.

A história, na verdade, soa como velha conhecida: Rudolph, rei a ser coroado, da fictícia Ruritânia, é sequestrado na véspera do evento por seu irmão mais novo, Black Michael. Para a sorte de seus apoiadores, dois de seus mais próximos conselheiros encontram Rupert, bon vivant inglês que, pelos caminhos sinuosos da genética, é idêntico ao rei. Rupert assume o papel do rei voluntariamente, e de bom-grado, quando conhece a pretendente de Rudolph, a princesa Flavia. Rupert e Michael começam então um verdadeiro jogo de xadrez: um não pode revelar o que sabe sobre o outro sem também se denunciar.

The Prisoner of Zenda é um daqueles livros que pararam por acaso na minha mão e que ficaram no topo das minhas leituras favoritas de 2011. Quem se interessar, pode encontrá-lo em inglês, no site do projeto Gutenberg, de graça. Em português, infelizmente, o livro é praticamente impossível de ser encontrado. Com muita sorte, uma edição portuguesa pode ser encontrada em sebos, já que o texto não tem edição por aqui.

Para quem quiser, o filme de 1952, com Stewart Granger como Rupert/Rudolph e Deborah Kerr como Flavia, talvez seja o mais grandioso - mesmo que ignore pertinências histórias e até mesmo textuais, já que, por exemplo, Granger está longe de portar a cabelereira ruiva esperada do protagonista. Mesmo assim vale, nem que seja pela curiosidade.

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