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quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Super 8




Antes mesmo de assistir o novo filme de J.J.Abrams, Super 8, tinha certeza que gostaria. Tudo que girava em torno da produção me interessava, desde o trailer até o aplicativo para iPhone, mas principalmente a estética cinematográfica dos anos 80.  Abrams despertou minha atenção com a sua bem sucedida refilmagem de Star Trek, mas foi quando vi o nome de Steven Spielberg estampado no cartaz de Super 8 que aceitei J.J. Abrams no meu coração.

A odisséia começa quando resolvo ir à estréia do filme no recém inaugurado Imax. Com certo desgosto me dirijo a um shopping center, quando tudo que eu desejava era a experiência do cinema de bairro, com tela grande e aquela pipoca sem cheiro de manteiga, como antigamente. Apagam-se as luzes e na tela aparece o logo da “Amblin Entertainment”, a produtora de Spielberg, exatamente igual ao que se via nos anos 80. Daí em diante, eu já estava dentro da história.

Super 8 é retrô em tudo, menos nos efeitos especiais e na velocidade das cenas de ação. Para marmanjos, é impossível não lembrar de E.T e Contatos Imediatos do Terceiro Grau, claro, filmes de Spielberg. Quando o grupo de jovens atores começa sua jornada sem medo algum do perigo, me dei conta de estar presenciando o que poderia vir a ser Os Goonies (também uma produção de Spielberg) desta geração. Mas ao acender as luzes, após 1 hora e 52 minutos de pura emoção, percebi o público da sessão, composto basicamente de adultos. Provavelmente, todos em busca da magia dos anos 80.


O cinema dos anos 70 é considerado por alguns como a “Nova Onda Americana”, conhecido pela transgressão e liberdade na abordagem de temas antes considerados tabu. Era uma geração de cineastas bem educada, filha da contracultura e jovem. Steven Spielberg vem dessa escola e marca, juntamente com George Lucas (diretor da saga Star Wars), o seu fim. A dupla é considerada responsável pelo início do pensamento blockbuster mas, sem dúvida alguma, também é responsável pela volta do cinema como entretenimento familiar. Talvez venha daí a relação mágica de muitas pessoas com os filmes dessa época. Durante a exibição de Super 8, fui tele transportada para a sala de cinema em que assisti todas aquelas produções, levada pelo meu pai. Desconectada de todo julgamento, me deixei envolver apenas pela emoção e essa é a vitória de J.J. Abrams.

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