Menu

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

HEY HO! LET’S GO!!

por Tatiana Laai

Você pode até não gostar, achar que é um tipo de som bobo e barulhento. Pode se sentir aviltado pela agressividade de algumas músicas ou pelo visual extravagante, ou pode justamente se identificar com todas aquelas jaquetas de couro com spikes, com os cabelos moicanos e com a maquiagem pesada. E quem sabe você não vai curtir a força e a energia das melodias rápidas e agressivas, ou simplesmente se identificar com aquela raiva e rebeldia adolescente que serviu de combustível para um movimento que começou com um bando de garotos sem rumo lá no final dos anos sessenta, e que acabou provocando uma revolução cultural e artística que até hoje inspira boa parte da juventude? Não importa se hoje o punk rock é pop, que os punks tornaram-se atração turística em Piccadilly Circus e que música, movimento e ouvintes são cercados de suspeitas - o fato é que ninguém fica indiferente ao tal do punk rock.

Pra quem quiser continuar lendo o texto com trilha sonora, acesse:
http://8tracks.com/tatilaai/hey-ho-let-s-go-aventura-de-ler-blog




Sempre gostei muito de música, mais ainda de pop rock, pra ser bem específica, e meu contato com o punk veio na adolescência.  Na minha fase mais roqueira e mais heavy metal, alguém me apresentou aos Ramones. Me apaixonei pela energia da música, que dava vontade de sair gritando e quicando por aí: HEY HO! LET’S GO!!! Adorava que os todos integrantes da banda adotavam o sobrenome Ramone, que tinham o mesmo corte de cabelo e cara de mau, e adorava que as músicas fossem meio irônicas, meio raivosas, e as vezes muito engraçadas, tudo ao mesmo tempo agora, como aquela em que o sujeito reclama que a KKK tinha sequestrado sua namorada.





Passei a ouvir bastante música punk depois que conheci os Ramones. Aí veio a paixão pelos ingleses do The Clash e a minha melhor amiga do colégio na época, a Rapha Leite (a mesma que escreveu aqui sobre a Patti Smith), me fazia ouvir Sex Pistols todos os dias. Depois veio o livro Mate-me por favor, que é um mega relato sobre o nascimento do punk e deu consistência e história para todas as músicas que eu estava ouvindo. Fui atrás de todos aqueles artistas que aparecem no livro. Vai ver é por isso que até hoje o punk mais clássico e antigão dos anos setenta é o que eu gosto de ouvir, mesmo sabendo que hoje em dia o punk rock é muito mais complexo: tem muitas formas, cores e sabores. No final dos anos setenta, o punk andou se mesclando com o ritmo jamaicano chamado Ska e o tal do Ska Punk foi a coisa que eu mais ouvi na adolescência antes de cair nas graças do rock de Seattle, mas isso é outra história.

O fato é que o punk me levou a ouvir outros tipos de rock e prestar mais atenção em política. E confesso que hoje sou muito mais fã de ska do que do punk em si. Mas os clássicos são eternos, por isso listo aqui as minhas 10 canções punks preferidas, que são a  trilha sonora perfeita do livro Mate-me Por Favor - e por que não, desse tanto de manifestações que tomaram o Brasil de assalto.

Pra quem prefere conferir a perfomance das bandas:

1.      Blitzkrieg Bop – Ramones

2.      Anarchy in the UK - Sex Pistols

3.      London Calling - The Clash

4.      Search and Destroy - The Stooges

5.      Kick Out the Jams - MC5

6.      Blank Generation - Richard Hell and the Voidoids

7.      Pretty Vacant – Sex Pistols

8.      Gloria - Patti Smith

9.      Live Fast Die Young - Circle Jerks

10.  Born To Lose - Johnny Thunders & the Heartbreakers







Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estamos aqui para ouvir tudo que você tiver para falar sobre a nossa Aventura!
O resto, você já sabe: nada de expressões agressivas e preconceituosas.