Menu

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Song Pop e o sucesso

A febre já passou (será?), mas o vício ficou para um bom número de usuários. Entre os vários aplicativos chatos do facebook que você recebe todos os dias, o Song Pop parece que conseguiu a árdua missão de agradar a gregos e troianos (Zuckerberg que o diga). Com mais de 2 milhões de fãs, a empresa responsável (Fresh Planet) lançou uma versão premium do joguinho. Minha experiência com o game começou um pouco atrasada, acho que não botava nenhuma fé quando me enviavam pedidos – imaginava mais um jogo chato de facebook e ignorava. Passado mais de um mês, resolvi pagar pra ver. Atualmente, Song Pop se tornou um passatempo diário.

Se você é daqueles que não se “vende” facilmente por qualquer coisa do facebook, vale ler o texto abaixo com as instruções básicas do jogo. Caso já esteja cansado de jogar Song Pop, pule o parágrafo.

Aí vai uma explicação resumida: vocês lembram de “Qual é a Música”? Aquele programa do SBT com um sujeito estranho chamado Pablo, fazendo dublagens de canções populares? 
É um bom exemplo para introduzir. Primeiro se escolhe um estilo – que vai dos mais chatos e aleatórios, Modern Rap ou Today’s Hit, aos realmente divertidos e competitivos: Classic Rock e até MPB. Aí aparecem  quatro músicas ou artistas, além de uma contagem de tempo. Quanto mais rápido e certeiro você for, em melhores condições estará contra o seu adversário (que pode ser seu amigo ou um desconhecido da rede social). São cinco etapas, quem acertá-las em maior número, o mais rápido possível, vence. Terminada a rodada, você aguarda seu rival devolver o desafio. E por aí vai... durante uma semana. Na semana seguinte começa outra partida.

 
Quantas vezes você já ouviu essa canção no Song Pop?

Já jogo há mais de um mês. Nesse meio tempo, viciei alguns amigos – a ponto de vê-los jogando em iPhones e PCs na mesma casa, simultaneamente. Essa trajetória de amor e vício com o jogo me fez chegar à seguinte teoria de botequim: o Song Pop é tão querido porque une música, um vício universal, com a diversão dos tempos contemporâneos, fragmentados e acelerados. Quantas vezes a gente não se pega lendo um texto e, de repente, esse um se transforma em mais três... ao mesmo tempo! E as possibilidades que o Napster e Kazaa (os anciões entre programas de baixar música) nos deram? Conhecer o David Bowie em diferentes épocas a partir de uma dúzia de músicas – sem precisar gastar com um best of (embora eu desde sempre seja a favor de ouvir o álbum por inteiro!). Entre outras histórias que já estamos cansados de ouvir, e que as vezes nos fazem crer que temos todos TDAH.

Me parece que os desdobramentos do Song Pop são plenamente positivos. Afinal, além de nos obrigar a ampliar o leque de conhecimento musical para vencer, mesmo que isso tenha que ser feito por uma fração de segundos, o jogo nos faz deixar alguns preconceitos de lado em prol da vitória. E o mais importante, faz a pessoa ter um mínimo de interesse por aquilo que ouve. Quantas foram as músicas que, após ouvir 3 segundos, resolvi procurar na íntegra no youtube ou grooveshark após a partida. A partir daí, conhecemos uma gama imensa de sons novos. Bom, assumo que além de viciado, exalto o Song Pop em todas as instâncias: do entretenimento às oportunidades de conhecimentos musicais.


Lembrando que a versão original do programa de TV americana se chamava ”Name That Tune” e começou em 1952, o Silvio sabia o que estava fazendo ao reeditar a popular fórmula há uns anos, que nesta versão da era da internet amplia o sucesso fundindo jogadores e audiência.

Segue o link para a matéria publicada hoje no jornal O Globo sobre o interesse do Song Pop no Brasil (3° lugar em termos de popularidade no mundo) - http://oglobo.globo.com/cultura/o-song-pop-agora-quer-entender-brasil-5697602

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Estamos aqui para ouvir tudo que você tiver para falar sobre a nossa Aventura!
O resto, você já sabe: nada de expressões agressivas e preconceituosas.